quinta-feira, outubro 27, 2005

Harriet Miers Withdraws Nomination

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Harriet Miers era advogada do Jorge quando este ainda autografava condenações à morte no Texas. Parece que era advogada numa big (but local) law firm. Segundo se diz o seu mister respeitava a áreas convencionais e estaduais do direito americano, corporate litigation.
Quando o Jorge se mudou para DC a menina veio de atrelado e ficou advogada da casa branca. Ora, o Jójó, com certeza grato pela excelência dos serviços prestados, entendeu nomear a Harriet para uma posição mais prestigiante que a de mera Jurista da Casa Branca, algo mais estável, um cargo que não possa vir a ser afectado pelos sucessivos governos. Uma vez que o cargo de Juiz do Supremo nos EUA é vitalício, desta vez a resposta não demorou muito a assaltar-lhe o espírito.
Felizmente – e ao contrário dos tachos no nosso piqueno Portugal – o Supreme Court (SC) tem uma espécie de exame de admissão. As personalidades nomeadas pelo Presidente para pertencer ao painel de Juízes do SC têm de passar numa série de exames e entrevistas para poderem fazer parte do dito (ai se a CGD funcionasse assim…).
Sucede que a Harriet chumbou logo no primeiro questionnaire... mais, não entregou o segundo dentro do prazo (ontem) e não queria entregar ao SC documentos comprovativos da sua experiência nas áreas que interessam mais a este, nomeadamente direito constitucional. Parece que são documentos secretos que o Jorge quer esconder dos Juízes do SC porque estes podem ser uma pandilha de espiões disfarçados com becas.

No entanto a nomeação da Harriet teve o condão de trazer consenso entre os dois grandes partidos norte-americanos. Depois de dia 1 de Outubro Republicanos e Democratas encontravam atrito apenas no que respeita a dois pequenos conceitos: incompetente e ignorante.

O Jorge amuou e a Harriet bazou (pudera com os exames que ainda tinha pela frente… Safa!)