Argumentos curvilíneos
Tendo sido inquirida sobre a algo inusitada predilecção do GMM por telenovelas da TVI, apresso-me a esclarecer que o meu “fellow blogger” tem outros argumentos para gostar das “xaropadas” das telenovelas.
Quando o GMM usufrui do repouso do lar, cercado de pizzas e asinhas de frango, e a postos para ver um episódio especial da xaropada, desculpem, mais um ex libris da ficção nacional, não é porque “O Dr. António Paiva Calado (acho que tem um "de" algures), vilão a tempo inteiro, vai ser assassinado.”
E não é certamente pelo entusiasmo de andar a escrevinhar uma lista de suspeitos.
Para usar uma expressão que se vem tornando costumeira na blogosfera: break me a fucking give (versão Yoda by P.M.) ou give me a fucking break.... ! (E não, não se seguem apelos ao recurso à prostituição como paliativo do stress.)
O “Ninguém como tu” não é escrito pela Agatha Christie... Não se trata daqueles exercícios à Poirot para tentar descobrir, de entre dez candidatos plausíveis a assassino impiedoso, qual deles quase cometeu o crime perfeito. Não se trata aqui de perscrutar as intenções dos vários suspeitos, analisar as provas forenses, afagar o bigodinho e reuni-los numa sala à espera do veredicto final.
(A propos, sempre achei estranho que os assassinos se sentassem placidamente numa salinha à espera que o Poirot lhes descobrisse a careca...De alguém capaz de matar esperar-se-ia uma atitude mais combativa...)
Nada disso, substitua-se Dr. António Paiva Calado por Alexandra Liliana Sofia Benedita (sem de pelo meio) e chega-se à verdade... Os argumentos são outros e bem mais torneados.
O GMM não perscruta as intenções, os desejos reprimidos, as ânsias de vingança, ou as motivações económicas dos presumíveis homicidas.Perscruta antes as intenções que se adivinham no decote da Alexandra, os desejos que reprime em relação à Sofia, sente-se vingado do dia de cão no escritório quando a Liliana lhe faz lembrar aquele número da maxmen, e pensa que a Benedita é, sob diversos pontos de vista, uma rapariga muitíssimo abastada.
Desenganem-se os que pensam que o GMM é um adepto da ficção nacional.
Ele gosta é de gajas.
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