Ronald Reagan’s favorite show...ou dos generation gaps atípicos...
Posso não morrer de amores por conservadores, neo-liberais, republicanos e sequazes. Mas, e apesar da bílis ressentida por um ou outro comentário, não consigo deixar de gostar dos que o são com estilo. Ao ler o post do FMS no Quinto lembrei-me que só via o “Quem sai aos seus” por causa do Alex P. Keaton.
Dava vontade de escolher uma inicial, acrescentar-lhe um pontinho e deixá-la ali, cheia de charme, no meio do nome. Depressa percebi que não surtiria o mesmo efeito.
O Ronald Reagan disse que o “Family Ties” era a série preferida dele e até se ofereceu para participar, mas, os produtores da série, cheios de bom senso, recusaram-no...
Andei sempre a tentar perceber como é que se podia ter uns pais do Peace Corps, flower power and all that jazz e querer usar gravata todos os dias, assinar por baixo das políticas da Tatcher e venerar o Nixon.
É o generation gap atípico.
Se os pais são ultra conservadores lá aparece a menina de piercing, vestida à skater ou o menino começa a votar no Bloco e vai estudar sociologia só para irritar o pai conservadorzeco que vota no PSD desde que se entende por gente e estudou, como todo o resto da família, Direito na Faculdade de Coimbra.
Mas isto é produtivo. Grandes bandas e pensadores começaram assim, na revolta contra as entidades paternais conservadoras.
Mas o que verdadeiramente me preocupa é a resposta ao generation gap invertida...E se os pais forem os Liberais? Elise e Steven Keaton, liberais, pacifistas, perfil ideal para candidatos a alvos humanos em Bagdad, politicamente correctos, t-shirt a dizer eu estive no woodstock e fugi ao Vietname, hippies à séria...E lá lhes sai um miúdo revoltado que só quer andar de gravata, trabalhar na bolsa e venera o dinheiro.
Faz-me temer pelos meus filhos ainda por nascer. Por esta lógica distorcida vão ser do PP de certezinha...
Já os estou a ver, só para me irritarem, a dizer que o direito internacional é ficção, que o Saramago não vale nada, que se vão casar pela Igreja, que só lêem a Spectator, que o 25 de Abril foi uma fantochada (enquanto arrogantemente se recusam a dizer 25 de Abril e revolução e se referem sempre à data como vinte e cinco do quatro), que o Bush (nessa altura já não filho, mas neto(a), se a saga infernal dos Bush no poder continuar...well I’m keeping my fingers crossed ) é que é ....e outras alarvidades que tais...até ao dia em que me digam que são militantes do PP e eu os expulse de casa, num acesso de fúria maternal ao estilo “onde é que eu errei?”...
Antes a Mallory...
Ps. Nada contra os militantes do PP. Sim, ficava muito triste, mas se calhar não expulsava a cria de casa.
Dava vontade de escolher uma inicial, acrescentar-lhe um pontinho e deixá-la ali, cheia de charme, no meio do nome. Depressa percebi que não surtiria o mesmo efeito.
O Ronald Reagan disse que o “Family Ties” era a série preferida dele e até se ofereceu para participar, mas, os produtores da série, cheios de bom senso, recusaram-no...
Andei sempre a tentar perceber como é que se podia ter uns pais do Peace Corps, flower power and all that jazz e querer usar gravata todos os dias, assinar por baixo das políticas da Tatcher e venerar o Nixon.
É o generation gap atípico.
Se os pais são ultra conservadores lá aparece a menina de piercing, vestida à skater ou o menino começa a votar no Bloco e vai estudar sociologia só para irritar o pai conservadorzeco que vota no PSD desde que se entende por gente e estudou, como todo o resto da família, Direito na Faculdade de Coimbra.
Mas isto é produtivo. Grandes bandas e pensadores começaram assim, na revolta contra as entidades paternais conservadoras.
Mas o que verdadeiramente me preocupa é a resposta ao generation gap invertida...E se os pais forem os Liberais? Elise e Steven Keaton, liberais, pacifistas, perfil ideal para candidatos a alvos humanos em Bagdad, politicamente correctos, t-shirt a dizer eu estive no woodstock e fugi ao Vietname, hippies à séria...E lá lhes sai um miúdo revoltado que só quer andar de gravata, trabalhar na bolsa e venera o dinheiro.
Faz-me temer pelos meus filhos ainda por nascer. Por esta lógica distorcida vão ser do PP de certezinha...
Já os estou a ver, só para me irritarem, a dizer que o direito internacional é ficção, que o Saramago não vale nada, que se vão casar pela Igreja, que só lêem a Spectator, que o 25 de Abril foi uma fantochada (enquanto arrogantemente se recusam a dizer 25 de Abril e revolução e se referem sempre à data como vinte e cinco do quatro), que o Bush (nessa altura já não filho, mas neto(a), se a saga infernal dos Bush no poder continuar...well I’m keeping my fingers crossed ) é que é ....e outras alarvidades que tais...até ao dia em que me digam que são militantes do PP e eu os expulse de casa, num acesso de fúria maternal ao estilo “onde é que eu errei?”...
Antes a Mallory...
Ps. Nada contra os militantes do PP. Sim, ficava muito triste, mas se calhar não expulsava a cria de casa.
Ps.2 Este post devia ter uma imagem, mas, graças à "so called" melhoria das tecnologias da colocação de imagens (alteração que se me afigurava promissora quando comecei a escrever), não consegui inserir a imagem. À semelhança do Technorati, das nossas finanças, e do bom tempo para o fim de semana, este post vai deficitário... E muito menos catita!! FPB, agora sim, compreendo...
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